Fonte: Redação, O Estado de S.Paulo
11 de fevereiro de 2022 | 15h34
Nesta semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) barrou a venda da Assistência Personalizada à Saúde (APS), operadora de saúde que controla 337 mil planos de saúde individuais da Amil, para a empresa de investimentos Fiord Capital.
Em entrevista ao Estadão, o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, afirmou que a operação precisa de mais explicações e que a suspensão não tem prazo para acabar. Entenda o que está acontecendo com a Amil.
A Amil foi vendida para quem?
A Amil não foi vendida. Mais de 330 mil planos da operadora foram repassados para outra operadora de plano de saúde, a Assistência Personalizada à Saúde (APS). A operação foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) em dezembro do ano passado. À época da operação, a APS fazia parte do mesmo grupo da Amil, o UnitedHealth Group (UHG), empresa americana que vem reduzindo suas operações no Brasil.
A ANS barrou a venda da Amil?
A ANS barrou a venda da APS para a Fiord Capital, empresa de investimentos recém-criada e gerida pelo sérvio naturalizado brasieliro Nikola Lukic, para o grupo Seferin & Coelho, que atua na área de gestão de hospitais e para o executivo Henning von Koss, ex-Hapvida, Amil e Medial Saúde.
O argumento da agência é que a entidade só havia autorizado a transferência da carteira de clientes da Amil para a APS, em dezembro do ano passado, mas não tinha dado “ok” para o negócio da APS com a Fiord, que envolve ainda quatro hospitais da Amil, em São Paulo e Curitiba.
Neste mês, a Fiord assumiu o controle da APS, que deixou de fazer parte do grupo UnitedHealth. A APS ainda transferiu sua carteira de planos coletivos (empresariais e por adesão) para outra empresa, a Sobam, que também faz parte do UnitedHealth Group.
O que é a APS?
Operadora de planos de saúde criada em 1999 e que pertencia, até fevereiro, ao mesmo grupo da Amil, o UnitedHealth Group.
Qual a relação entre Fiord Capital e a APS?
A Fiord Capital está tentando comprar a APS. A situação está “travada” pela ANS.
A Amil faliu?
Não. Os planos de saúde individuais da operadora foram repassados para a APS.
Como ficam os clientes que têm plano de saúde da Amil?
Com os clientes repassados para a APS, os direitos dos clientes são mantidos. A nova operadora deve garantir assistência a seus beneficiários no mesmo padrão do contrato com a Amil. Se não o fizer, estará descumprindo o contrato e o usuário pode fazer reclamação à ANS e, não havendo solução, recorrer à Justiça.
FONTE: Redação, O Estado de S.Paulo (Economia)
11 de fevereiro de 2022 | 15h34